O amor é duro como porcelana. E como ela, às vezes se transforma. Se perde do conjunto, lasca, desbota. Ganha marcas do tempo, comemora bodas de vez em quando. Fica abandonado. Se esquece do tempo em que era foco de afeto e atenção. O amor às vezes precisa ser resgatado. Precisa de novas tintas, novos significados. Precisa assumir suas feridas, suas cicatrizes. Se cobrir de ouro e cor, queimar de novo, arder. Através de uma série de intervenções em pratos e outros objetos de porcelana se propõe a falar do amor reinventado.
Olhando antigüidades,
Uma conclusão bacana
A coisa mais forte do mundo
É a porcelana.
Uma conclusão bacana
A coisa mais forte do mundo
É a porcelana.
(Millôr Fernandes, em A Bíblia do Caos, 1981)
CLIPPING