A Fábula da Ostra & do Arenque
Vivia a ostra bela e ajuizadamente numa rocha. Não sonhava com o amor, mas quando fazia bom tempo ficava boquiaberta, na maior beatitude possível. Encontrou-a porém o arenque, e foi uma paixão à primeira vista. Ficou perdidamente enamorado sem se atrever a confessar-lho. Ora num dia de Verão a ostra bocejava feliz e queda. Encolhido atrás de um rochedo o arenque contemplava-a mas, de súbito, beijar a bem amada foi um desejo tão forte que nem pôde refreá-lo.

Meteu-se então entre as placas abertas da ostra e esta, surpreendida, fechou-as decapitando o miserável que flutuou à deriva e sem cabeça, pelo oceano.

Guillaume Apolinaire, "O Poeta Assassinado", tradução de Aníbal Fernandes, Estampa,
Formigas se espreguiçam pela manhã quando acordam. // Os avestruzes põem a cabeça na areia para procurar água. // Golfinhos dormem com um olho aberto. // A Antártida é o único continente sem répteis. // Os olhos de um hamster podem cair se você pendurá-los de cabeça para baixo. // A maçã é mais eficiente que café para se manter acordado. // Só um alimento não se deteriora: o mel. // O Sol é 1.330.330 vezes maior que a Terra. // O Oceano Atlântico é mais salgado que o Pacífico. // O isqueiro foi inventado antes do fósforo. // É impossível espirrar com os olhos abertos. // Relâmpagos matam mais do que vulcões e terremotos. // Uma pessoa comum ri 15 vezes por dia.